É POR ISSO QUE PORTUGAL NUNCA DEIXARÁ DE SER pequenino....
Uma longa história nos acompanhará sempre, pela bravura de gente que ousou ir mais além aqui e além mar. A história de Portugal é riquíssima em detalhes, descobertas mas também em ousadias de quem quis ver para lá do seu próprio horizonte. Mas a história é o que é, história e, por muito bonita que seja com todos os seus pólos negativos e positivos que sabemos haver é passado. Ora é bom recordarmos o passado e sabermos aprender
com os erros cometidos, glorificar o que de bem foi feito mas seguir em frente e pensar que todos os dias se faz e se inscreve a nossa própria hístória. Portugal, ficou parado muito tempo a contemplar a sua própria história e à espera do que já não viria, daí que quando acordou, deu-se conta do quanto perdeu parado no tempo, vazio de esperanças e já tragado pelo estrangeirismo exacerbado que se impôs na sua própria linguagem, no seu
modo de ser e de estar. Não acredito na estagnação de um povo, mas devo confessar que me arrelia um pouco a imitação exagerada, especialmente quando é contra nós. Porque digo isto? Se olharmos bem em volta do nosso globo, que se tornou cada vez mais pequenininho, apercebemo-nos que é composto por vários tipo de povos e, que a maioria até ao Euro 2004, infelizmente nem sabia onde era Portugal. De lamentar a recordação que
tenho - aquando da minha visita a Londres, cidade que prezo muito para férias e em algumas épocas do ano porque simplesmente detesto o frio - de uma rapariga que meteu conversa comigo por causa dos nossos filhos começarem a interagirem bem uns com os outros e, perguntar-me com um ar muito convincente se eu era espanhola, ao que respondi que não. O mais engraçado é que, o pior não era confundir-me com uma espanhola, até aí
tudo bem, mas quando lhe disse que era portuguesa ela afirmou ainda mais convincente que sim, porque Portugal seria a seu ver uma província espanhola. Claro que me ri e disse cordialmente que não era assim. Bom, tudo isso passou e fui verificando em algumas viagens e contactos feitos que as pessoas de outros países como França, América e outros nem sequer imaginavam que existia Portugal e tudo o que lhe soasse a um sotaque
semelhante seria espanhol e com toda a certeza assim o definiam. Graças a Deus que o Euro2004 serviu para que muita gente conhecesse e visse melhor aquele rectangulo que a tantos orgulha. Por norma geral, não costumo ser facciosa quando a este e a outros temas porque sei que o tipo de educação existente nesses países é um pouco limitado a nível de geografia e línguas estrangeiras e, que a maioria nem sequer se interessa em aprender,
até porque cá estamos nós para os atender sempre que necessário.
Pois é este nosso ar servil que me chateia um pouco e que faz parte educação que temos. Jamais serei contra o facto de aprendermos seja o que for de outros países, inclusivé a lingua que, se formos a ver, até são os portugueses o povo que mais línguas domina e que tem obrigatóriamente que falar a língua dos outros seja no seu como noutros países. Ora noutros países até estou de acordo porque devemo-nos adaptar a cada língua e cultura
e sabermos situar quando nos encontramos no local - coisa que nunca tive problemas até porque sempre me dei bem a interagir, fosse onde fosse - pior é que até em Portugal devemos falar a língua dos outros. Isto é bizarro, ou não é?
Para mim e, depois de tudo o que aprendi, acho uma falta de respeito para com o nosso povo e a nossa língua que merece muito mais respeito. Se nós somos obrigados a falar a língua cada povo que visitamos, porque raio temos que o fazer também em Portugal e sermos tão servis que até mete nojo? Que sejemos simpáticos e partilhemos o espaço a cultura, tudo bem,estarei sempre de acordo mas, que estejemos permanentemente a ter que falar
a língua dos outros para os servir melhor em vez de fazermos respeitar a nossa é uma autêntica parvoíce. Mais do que isso, é com pesar que vejo a língua portuguesa ser menosprezada pelos próprios portugueses em prol de outras. Não o digo ao calhas, não. Digo-o porque alguns portugueses consideram máxima importância saber falar o inglês correctamente, conhecer a sua gramática de ponta a ponta, como ponto de honra e até de respeito pelos
ingleses quando o contrário se verifica e, julgam que alguma vez verão isso? Esperem sentados meus caros. Enquanto Portugal continuar a educar um povo servil e a meter na cabeça que lá fora é que é bom e que tem qualidade de vida e cá dentro tudo é uma bosta, então sim, hão-de mesmo ser respeitados mas sempre de joelhos a bajularem e a incluírem na sua linguagem o estrangeirismo. Com muita pena verifico que se fala e escreve tão mal
o português, cada vez mais. Uns por preguiça, outros porque julgam o Inglês e o Francês bem mais importantes, outros porque se fazem entenderde qualquer forma e isso é que interessa.
Pois de povo corajoso, lutador e aventureiro, Portugal deu lugar a um povo passivo e servil que até chateia. E lá fora tudo é melhor que cá dentro. Mas quando lá fora o frio aperta é o sol de Portugal que os abraça de novo. Enquanto o povo achar que a culpa é dos políticos apenas e, não também parte da sua responsabilidade porque são quem votam e, por isso, podem fazer alguma diferença. Enquanto estiver dividido nas suas próprias convicções
teremos sempre o país que merecemos que é o que se vê de lamento, de oportunismos, de gente que stressa e fica impaciente por achar que não se leva as suas ideias a sério. Crescem umbigos, impõem-se imagens falsas e, cada vez mais se conhece a solidão porque é bem melhor trancar as portas por dá cá aquela palha do que unir esforços para melhorar o relacionamento humano, para entender as diferenças. Pois é, muita gente diz que entende
e respeita as diferenças mas, na hora em que se fazem notar essas mesmas diferenças batem a porta porque ficam sem paciência para entenderem seja o que fôr, mesmo que seja apenas uma brincadeira espontânea sem qualquer significado de maior.
Gosto de aprender, hei-de gostar sempre, especialmente se fôr algo de novo para mim mas, darei sempre mais importância à minha língua mãe, julguem ou não ser falta ou não de respeito, para mim não é... mais falta de respeito é verificar que muitos portugueses escrevem e falam melhor outras línguas estrangeiras do que a sua língua mãe. Por incrível que pareça, Portugal até pode ser um país pequenino em relação à dimensão de outros mas a língua
portuguesa conquistou o mundo por tudo o que conhecemos da nossa história é a quinta língua mais falada no nosso globo e a terceira mais falada no mundo ocidental, visando assim mais de duzentos milhões de falantes. A língua portuguesa é românica e pertence ao grupoíbero-românico. Mesmo assim, o português passou por uma grande evolução histórica e, sofreu influênias de vários idiomas e dialectos até ser o que é hoje em dia. O idioma português
não só é visível no continente português como é oficial em Angola, Cabo-verde, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, etc... A nossa língua expandiu-se e possui estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul, na União Africana, na Organização dos Estados Americanos, na União Latina, entre outros.
No entanto, por necessidade de maior expansão da Língua Portuguesa foi necessário fazer-se um Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, movimento que começou em 1990 para vazer do português uma das línguas oficiais da ONU. Claro que não estou totalmente de acordo com o tipo de acordo feito, até porque se perdeu muito da riqueza linguística que tinhamos e, algumas palavras são confusas, visto terema mesma fonte fonética e, era na forma
de escrita que nos dava o seu verdadeiro significado. Enfim tudo fazemos para estar num mundo que nos faz falar a sua língua menosprezando a nossa. No entanto para alguns é uma falta de respeito não falar ou escrever correctamente o inglês ou outra língua qualquer. Por acaso vocês já viram algum estrangeiro fazer um esforço para aprender a falar português correctamente? Posso dizer que sim mas, muito raros. Mais foram os que ouvi dizer com
a maior das latas que a ignorância pode ter de que a sua língua era mais importante que a nossa, logo nós que nos safássemos como quiséssemos. O português sempre foi um povo desenrascado e inteligente ao ponto de vingar em países de línguas que não a sua, no entanto é interessante ver o desinteresse pelo próprio português pela sua língua em prol de uma estrangeira, nomeadamente o inglês. Ora bull shit - para agradar quem ama tanto esta
língua acima da sua, não aos que valorizam o português, como é claro, penso eu - para quem se menospreza e se torna servil a outros locais do mundo, dando-se ao prazer de achar que a casa do vizinho tem sempre o melhor recheio. Muitos foram já os que vi serem ensinados pela vida quanto a este propósito por isso, já se tornou um assunto desinteressante. Pois que continuem a cultivar o estrangeirismo, que continuem a aspirar por trabalhar para
a evolução de outros países e, mais tarde que sejam mais uns a lamentarem-se da distância do seu país e de outros íntens que julgavam serem de maior qualidade, em vez de pensarem o que deveriam fazer para melhorar o seu país.
Respeitarei sempre os outros povos e as outras culturas e, até tentarei aprender o que de melhor poderei trazer para o nosso país, mesmo sabendo que sozinha não mudo o mundo mas, poderei mudar algo na minha própria casa, já me sentirei feliz. A língua portuguesa é interessante na sua fonética, onde poderemos aprender um pouco mais sobre o fonema das palavras, as sílabas, a ortoépia/prosódia e melhorar sempre a ortografia. No entanto,
dela também fazem parte como componente gramatical a morfologia que nos dá as estruturas das palavras e sua formação, os prefixos, sufixos e radicais, tal como as classes das palavras. Temos ainda a sua sintaxe onde imperam os conceitos, termos da oração, período composto, concordância, regência, colocação pronominal e a pontuação. Como esta também é importante a sua semântica, onde podemos verificar a família das ideias, a sinonímia,
a antonímia, homonímia, paranímia e a polissemia. Mas, como linguagem ríquíssima que também é composta ela forma estilística onde verificam a conotação e denotação, tal como figuras de estilo ou linguagem. Sendo por isso, a gramática da língua portuguesa dividida em cinco partes de acordo com os aspectos linguísticos descritos anteriormente.
Claro que, por exemplo, gosto muito de saber o que significa uma palavra em países que falam a mesma língua, como Portugal e o Brasil. Sim os dois falam português mas conhecem diferentes dialectos e algumas palavras têm diferentes significados: pode-se dizer que muitas vezes se usa a palavra BERRA - que é conjugação do verbo berrar e no Brasil significa isso mesmo, enquanto em Portugal, além do que diz a palavra, também se usa como
substantivo, designando assim a última novidade " Tenho que comprar aquele carro que anda na berra"; Baderna no Brasil é confusão, desordem mas em Portugal, diz-se de uma pessoa considerada inútil por velhice ou doença. São inúmeros os casos e, com eles podemos sempre aprender algo de novo para melhorar ou apenas para deixar ficar como está dependendo do que apareça. Infelizmente os portuguêses têm a "mania" de adoptar o que lhes
parece mais fácil e assim, fazem acordos onde a língua vai perdendo e a nossa história vai decaindo, vivendo apenas de ventos servis para com outros povos que na realidade nem consideram Portugal senão como uma verdadeira província e, até se dá ao luxo de pagar para não se produzir porque o que vem de fora é bem melhor.
Enquanto os portugueses não conhecerem a sua força como povo que ajudou a mudar o mundo, para o bem e para o mal. Que fez grandes obras, mesmo sendo primeiro valorizadas lá fora para então serem amadas dentro do seu país, seremos sempre um povo muito pequenino. Não aquele povo que tem muito para aprender e crescer, visto que o que aprende de fora já nem lá fora é valorizado mas abolido da sua própria conjunctura cultural
mas, aquele povo que se julga e se sente sempre na cauda de tudo na vida. O povo das lamentações, das lamechiches, das coisas levadas sempre a sério. E que não sabe brincar com coisas sérias, a não ser que veja no estrangeiro e, aí sim, aí dá imensa importância a tal factor. É lamentável que pessoas que estão a crescer neste país, não o considerem importante o suficiente para dispenderem tempo a fazer o nosso país crescer com o tanto
que dizem saber ou conhecer. E assim vão mundo fora à procura de si mesmos e do que lhes possa preencher o vazio de uma vida que descobre, geralmente que foi cá que ficou por preencher. Para uns depois é tarde, para outros ainda será fácil voltar e começar de novo. Começar de novo é sempre bom porque a mudança, geralmente traz coisas boas, pior é quando o comecar de novo torna-se um comodismo decrescente de lamentações
absurdas e de comparações entre culturas e leis totalmente diferentes.
BEM HAJA A TODOS OS QUE SE INTERESSAM POR PORTUGAL E A LÍNGUA PORTUGUESA mesmo quando se erra e se aprende de novo. Sem menosprezar no entanto, quem sente que o lado de lá do oceano é bem mais importante
para a sua felicidade. O importante é que todos sejam felizes com as escolhas que fizerem e, serem felizes como sempre digo, é saber que chorar ou arrepender-se também faz parte do reconhecimento dessa felicidade.
SEREI SEMPRE PORTUGUESA, AQUI OU NA CHINA e, nem por isso deixarei de respeitar os outros povos e culturas mas, jamais desprezarei o que aprendi e a terra que me viu nascer, dizendo que lá fora é que se faz tudo
bem e, cá dentro é uma porcaria. VIVA O MUNDO! VIVA PORTUGAL! VIVAM AS DIFERENÇAS! APRENDA-SE COM AS DIFERENÇAS E RIGUEZAS CULTURAIS! MAS NUNCA SE AFOGUE A NOSSA PRÓPRIA RIQUEZA!
Luisa Abreu
01/08/09
Adorei o que escreveu. Parabéns. Sentiu-se a portuguesa que é nas palavras que escreveu.
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