segunda-feira, 1 de junho de 2009

MELHOR SEGUIR EM FRENTE...


















MELHOR SEGUIR EM FRENTE...

Há alturas da nossa vida em que o melhor esquecer tudo e seguir em frente. Em que é melhor nem pensar se este ou aquele passo valeu a pena, porque as coisas valem o que valem para cada um de nós. No entanto, é muito triste chegar-se à conclusão de que há pessoas que entram na nossa vida, usam o nosso ombro, usam os nossos olhos como espelhos para se verem melhor, usam as nossas palavras para se encontrarem, usam os nossos abraços para se reconfortarem e depois... depois sentem-se com clareza suficiente de que nas nossas atitudes houve qualquer outra segunda intenção. Não está certo... não é correcto. Apesar de toda a minha experiência de vida e, talvez por isso, sou uma pessoa simples. Não uso subterfúgios para mostrar ou dizer quem sou, não uso quaisquer outras intenções quando escrevo ou digo algo a alguém ou mesmo a mim mesma. As palavras são o que são, significam aquilo que se escreve e se diz não o que os outros pensam que desejamos dizer com elas ou mostrar com elas. Cada um é livre de pensar o que quiser. 

No entanto, não lamento o que já fiz, lamento sempre tudo o que não fiz ou não me dei oportunidade de fazer por esta ou aquela razão. Nem lamento, quando abro a porta da minha vida, do meu peito, dos meus olhos e sentimentos para reconfortar e ajudar alguém a quem mostro na plenitude quem sou... a quem dou horas, dias, anos da minha vida com tudo aquilo que tenho e sinto que pelo menos isso, ajudou. Sim, ajuda sempre quando alguém se entrega com sinceridade mesmo que seja julgada em contrário. É isto que lamento, apesar de já não ter valor. Parece que tem porque o estou a escrever, no entanto, quando passo à fase de escrever ou falar de um assunto que já me magoou é porque é um assunto resolvido... algo que deixou as suas marcas é verdade mas, que já não faz diferença e já não implica com o percurso da minha vida porque todas as ilacções e aprendizagens já foram apreendidas e digeridas, decompostas e jogadas no lixo da vida. Apenas quis aqui registar neste meu simples espaço que o que lamento é perder tempo ou fazerem-me perder tempo... ou mesmo darem-me essa sensação, quando se dirigem a mim após terem tido a oportunidade de me conhecerem na íntegra, de que não sou quem sou ou quem fui. Porque sim, hoje já não sou quem fui. Quem fui acreditava muito mais, expressava-se com muito mais facilidade emotivamente nos sentimentos que tinha pelas pessoas. Mas o que fui, se hoje não sou foi porque algo ou alguém, ou vários motivos foram matando esse meu lado. Tudo o que entreguei sem mistérios nem enredos, acreditando que seria possível acreditar, mesmo no tipo de pessoas que não sabem nem aprendem a confiar, por muito que digam o contrário. Ninguém que faz uma pergunta e recebe uma resposta mas, tem necessidade de reter para si objectos pessoais como telemóveis ou remexer nas carteiras das outras pessoas, pode alegar a qualquer momento que confia. Está a mentir a si própria sem dúvida porque as palavras valem o que valem mas as acções trazem confirmações válidas e concretas. O que realmente lamento é ter sido acusada de ter tido interesses que nunca me passaram pela cabeça e, se acaso tivesse acontecido sei que o teria demonstrado na prática, sei que há sempre espaço e lugar para que se sinta e note que é o que se quer, até porque sempre assumi, tal como hoje, o que quis e quero da minha vida. Com muito mais evidência o que não quero. 

Muitas vezes, julgo que devo dar o benefício da dúvida e, que devo ser eu a enganada, mas, realmente estou a tentar enganar-me ao pensar assim porque não dou atenção à minha intuição que dificilmente me engana. A maioria das vezes que decidi dar esse benefício de dúvida, enganei-me e deixei-me ser enganada por pessoas dispostas a usar essa minha boa fé. É triste chegar a esta conclusão mas, é satisfatória a lição que fica. É duro pensar que não se deve ser autêntica com as pessoas, que se deve temer que nos entendam mal... mas muito mais duro é não dar o que sou e como sou com a espontaneadade com que me conheço, sem subterfúgios ou segundas intenções. Então prefiro continuar a ser, assumidamente quem sou, prefiro deixar que as vozes do vento se tropecem na sua própria língua e, talvez um dia... sim, talvez um dia descubram o inevitável. Talvez descubram que afinal aquelas palavras proferidas pela minha boca significavam apenas o que foi dito. Que aquele abraço dado com franqueza na hora do seu tormento, apenas era o cobertor do conforto que pretendeu aquecer a sua alma e acalmar os seus medos. Nunca lamento ter ajudado alguém, em tempo algum. Por vezes fico triste com o tempo perdido. Fico triste porque chego à conclusão que as pessoas acreditam no que querem acreditar e não na verdade. Que a verdade com que me dou pode muito bem não ser a verdade com que me recebem.

Nestes casos, o melhor é mesmo seguir em frente e colocar um ponto final em tudo o que ficou por dizer ou entender. O melhor é pensar mais em mim, cuidar mais de mim, aprender a proteger-me de quem sente ter o direito de me sugar as energias, os carinhos, as atenções, os abraços para se poder levantar, para se poder entender e encontrar e, depois, achar que tem o direito de dizer que usei uma capa, que tudo o que dei não foi verdadeiro, não foi amizade, não foi um amor abre as portas apenas para apoiar sem quaisquer segundas intenções. Às vezes penso que perco tempo demais a dizer quem sou e o que quero, porque não são essas as palavras que são ouvidas e digeridas mas outras, as que as pessoas querem ouvir e digerir... o que realmente é uma pena. Na minha essência continuo a ser aquela pessoa que não temia chegar a um baile ou a uma discoteca e convidar um rapaz para dançar se assim me apetecesse. Que quando esse pedido era mal entendido, colocava os pontos nos "is" e parava a dança. Tudo isso faz parte dos valores que fui recebendo ao longo da minha vida. Se estou apaixonada, sou mulher para dizê-lo mas é triste que pensem que estou a fazer teatro ou que estou a tentar enganar para tirar quaisquer outros dividendos. Eu sei. Por vezes aparecem pessoas no meio, ou situações que podem fazer com que aquilo que me sai em espontaneadade não seja a verdade, mas caramba, quem me conhece só aceita esses factos se quiser ou, então porque realmente não me conhece e não me tem em conta como tantas vezes apregoa. Ok, fui ou sou muitas vezes um óptimo bote de salvação e, então não como haver alguém que se agarre... mas, furar o bote quando não se precisa dele é degradante e de muito mau gosto. Usar da bondade das pessoas e rotularem-se como otárias é decepcionante. Não acreditar quando digo que tenho também um lado negro é ingenuidade. Porque o tenho, ele é gélido, distante, céptico e indiferente fazendo-me afastar, secretamente, sem quaisquer explicações. Explicar o quê se as pessoas não ouvem? Deixar as portas abertas para quê se as pessoas não confiam? O melhor mesmo nestas situações é bater a porta. Porque hoje fecha-se uma porta e logo se abre outra... os resultados vão mudando segundo as aprendizagens e experiência de vida e então...então não lamento o que ficou para trás e agradeço todas as lições prosseguindo serenamente. Continuo de consciência tranquila perante tudo o que já fui acusada de fazer ou ajudar a fazer porque continuo a saber quem sou e a decidir se mudo ou não o rumo da minha vida, se tenho ou não esta ou aquela experiência. Continuo a ser eu quem decide se deve ou não mergulhar no rio ou no mar, sabendo sempre que tudo o que decidir trará o seu lado negativo e positivo mas será assumidamente a minha decisão. Qual é a dúvida dessa gente afinal? Não há dúvidas, há falta de conhecimento porque a sua preocupação em encontrarem-se e serem reconfortados foi mais importante do que me conhecer tal como me dei ou dou. Até hoje, as minhas atitudes e decisões na vida foram assumidas de cabeça levantada... sem papas na língua, ultrapassando todos os medos e todas as desilusões, vivendo com a intensidade de tudo o que sou e dou. Que não haja dúvidas para ninguém porque se me apetecer dançar, dançarei, seja numa discoteca, num café ou mesmo na rua sem ter problemas se me estão a observar ou o que estarão a pensar. Porque nestes casos até sou quem mais se diverte. Sim eu sei... as pessoas reclamam a verdade, dizem que amam a verdade mas, preferem viver a mentira e ouvir a mentira. Só por isso tudo o que digo não lhes soa a verdade mas, desculpem qualquer coisinha, a minha verdade será sempre a minha verdade assumida em casa, na rua ou no jardim. Quem me conhece sabe isso, quem esteve comigo e não se deu ao trabalho de me conhecer duvida disso... puta que pariu para quem duvida porque nem merece a minha atenção.

Então, é mesmo melhor seguir em frente... em direcção à luz e deixar para trás todas as sombras dos medos que não fazem parte do que sou. Não posso nem devo assumir sombras que nunca foram minhas, às minhas acrescento luz e em direcção a ela sigo calmamente, na minha serenidade de ser quem sou.

p.s. Quem ler este texto... seja lá quem fôr, não o imagine, apenas o leia porque só significa o que está escrito não o que queiram ler... mas ok, exite sempre o livre-arbítrio e então são livres de fazerem o que acharem melhor.

Luisa Abreu
02/05/09

2 comentários:

  1. Olá Luisa boa noite o teu blog está muito giro escreves muito bem coisa que não tenho grande jeito.
    Gostavas de ver o meu blog sobre pintura aqui fica ele.

    http://artedesenhoepintura-jotajota.blogspot.com/

    Desde já te digo que pinto por hoby e não tenho qualquer formação na área espero que gostes.

    Até sempre.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pela atenção jotajota... opa para mim nem é importante que se tenha ou não formação numa área que se gosta, desde que se faça o que se gosta. É por isso que é um hobby. Mas vou lá espreitar e já te digo o que penso. bjokas******

    ResponderExcluir